Quem sou eu?



 
Ao frequentar redes sociais na web, com frequência nos deparamos com esta questão: quem sou eu? E acredito que a maioria arriscou uma descrição, mesmo que não tenha "aberto" a todos o que pensa de si mesmo.
Tenho o hábito da autoanálise e caí na armadilha de expor minhas qualidades e imperfeições num destes "about me" da vida.
Me toquei a tempo. Acho.
Ao estamparmos ali nosso perfil, com descrições minuciosas, o "sou assim, sou assado" torna-se a "sua imagem".  Pra sempre, na visão do outro.
E não corresponde à realidade.
Sou geminiana, mudo de ideia e opinião com frequência. Não há uma de mim, única a vida toda.
Mudo de costumes, de gostos, de interesses.
Quem me reencontra hoje, não vê a mesma de tempos atrás.
Gosto muito de uma frase do escritor irlandês George Bernard Shaw:
"O único homem que se comporta de forma sensata é meu alfaiate. Ele tira minhas medidas novas todas as vezes que me vê, enquanto todos os outros continuam com suas medidas velhas e esperam que eu caiba nelas."
É isso, não somos os mesmos por toda a vida, felizmente.
As pessoas crescem. Ou regridem.
São boas, mas também imperfeitas.
Egoístas e ao mesmo tempo fraternais.
Não só os geminianos são dúbios.
Não podemos ser julgados ou avaliados por uma palavra ou um gesto.
Permita-se um "segundo olhar" para tudo e abra as portas também para que conheçam outras facetas suas.
Mantenha fechados, porém, armários e gavetas.
Algumas particularidades não devem ser expostas.
Há algo que pertence somente a você.